Myrtaceae

Plinia peruviana (Poir.) Govaerts

Como citar:

Gláucia Crispim Ferreira; undefined. 2020. Plinia peruviana (Myrtaceae). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

1.009.369,16 Km2

AOO:

300,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

A espécie ocorre na Argentina, Paraguai, Bolívia, Peru e Brasil (Kew Science, 2020; Flora do Brasil 2020 em Construção, 2020). No Brasil, apresenta a seguinte distribuição: ESPÍRITO SANTO, Alegre, Linhares, Santa Leopoldina e Santa Teresa. MINAS GERAIS, Coqueiral, Guaxupé, Matozinhos, Ouro Preto, Prados e Rio Vermelho. PARANÁ, Amaporã, Antonina, Arapongas, Campo Mourão, Capanema, Diamante do Norte, Dois Vizinhos, Fazenda Rio Grande, Fênix, Ibiporã, Ipiranga, Irati, Jaguariaíva, Londrina, Morretes, Palmeira, Paranavaí, Querência do Norte, Rancho Alegre, São José dos Pinhais, São Mateus do Sul, Sapopema, Tibagi e Tuneiras do Oeste. RIO DE JANEIRO, Macaé, Nova Friburgo e Teresópolis. RIO GRANDE DO SUL, Aratiba, Barracão, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Erechim, Guaíba, Jaguari, Lagoa Vermelha, Maximiliano de Almeida, Osório, Passo Fundo, Pelotas, Rolante, São João do Polêsine, São Vicente do Sul, Sertão, Tenente Portela e Triunfo. SANTA CATARINA, Anita Garibaldi, Araranguá, Bela Vista do Toldo, Blumenau, Brusque, Campos Novos, Florianópolis, Garopaba, Iporã do Oeste, Maravilha, Orleans, Paulo Lopes, Timbó e Vargem. SÃO PAULO, Campinas, Cananeia, Gália, Mococa e São Roque.

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2020
Avaliador: Gláucia Crispim Ferreira
Revisor:
Categoria: LC
Justificativa:

Árvore não endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2020). Popularmente conhecida por Jabuticaba-de-cabinho, jabuticaba-de-penca, jabuticaba-café, jabuticaba-preta, foi coletada em Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial) e Floresta Ombrófila Mista associadas a Mata Atlântica nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Paraná, Rio De Janeiro, Rio Grande Do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Apresenta distribuição ampla, EOO=1014694 km², constante presença em herbários, inclusive com coleta recente, e ocorrência confirmada dentro dos limites de Unidades de Conservação de proteção integral e em áreas onde ainda predominam na paisagem extensões significativas de ecossistemas florestais em estado prístino de conservação. A espécie ocorre em múltiplas fitofisionomias de forma frequente na maior parte das localidades em que foi registrada. Não existem dados sobre tendências populacionais que atestem para potenciais reduções no número de indivíduos maduros, além de não serem descritos usos potenciais ou efetivos que comprometam sua perpetuação na natureza. Assim, foi considerada como de Menor Preocupação (LC), demandando ações de pesquisa (distribuição, tendências e números populacionais) a fim de se ampliar o conhecimento disponível.

Último avistamento: 2019
Possivelmente extinta? Não
Severamente fragmentada? Desconhecido

Perfil da espécie:

Obra princeps:

Descrita em: World Checklist of Myrtaceae 344. 2008. Popularmente conhecida como Jabuticaba-de-cabinho, jabuticaba-de-penca, jabuticaba-café, jabuticaba-preta (Lorenzi, 2009).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Sim
Detalhes: A madeira de P. peruviana é utilizada para taboas em geral. Seus frutos são comestíveis, comumente utilizados em pomares domésticos (Lorenzi, 2009).

População:

Detalhes: Não existem dados populacionais.

Ecologia:

Substrato: terrestrial
Forma de vida: tree
Luminosidade:
Biomas: Mata Atlântica
Vegetação: Floresta Ombrófila (Floresta Pluvial), Floresta Ombrófila Mista
Fitofisionomia: Floresta Ombrófila Densa, Floresta Ombrófila Mista
Habitats: 1.6 Subtropical/Tropical Moist Lowland Forest
Referências:
  1. Flora do Brasil 2020 em Construção, 2020. Plinia. Flora do Brasil 2020 Em Construção. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. URL http://floradobrasil.jbrj.gov.br/reflora/floradobrasil/FB37142 (acesso em: 10 de maio de 2020).

Ameaças (1):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.2 Ecosystem degradation 2.3.3 Agro-industry grazing, ranching or farming habitat past,present regional very high
A perda de habitat como consequência do desmatamento pelo desenvolvimento urbano, mineração, agricultura e pecuária representa a maior causa de redução na biodiversidade da Mata Atlântica, especialmente nas áreas de ocorrência da espécie. Estima-se que restem apenas entre 11,4% a 16% da vegetação original deste hotspot, e cerca de 42% da área florestal total é representada por fragmentos menores que 250 ha (Ribeiro et al., 2009). Os centros urbanos mais populosos do Brasil e os maiores centros industriais e de silvicultura encontram-se na área original da Mata Atlântica (Critical Ecosystem Partnership Fund, 2001).
Referências:
  1. Critical Ecosystem Partnership Fund (CEPF), 2001. Ecosystem Profile Atlantic Forest Biodiversity Hotspot Brazil. CEPF Conserv. Int. URL http://www.cepf.net/Documents/final.atlanticforest.ep.pdf (acesso em 8.31.18).
  2. Ribeiro, M.C., Metzger, J.P., Martensen, A.C., Ponzoni, F.J., Hirota, M.M., 2009. The Brazilian Atlantic Forest: How much is left, and how is the remaining forest distributed? Implications for conservation. Biol. Conserv. 142, 1141–1153. https://doi.org/10.1016/j.biocon.2009.02.021

Ações de conservação (3):

Ação Situação
5.1.2 National level on going
A espécie ocorre no território de abrangência do Plano de Ação Nacional Lagoas do Sul para a conservação da flora melhorar o estado de conservação das espécies ameaçadas e dos ecossistemas das lagoas da planície costeira do sul do Brasil (ICMBio, 2018).
Referências:
  1. ICMBio - Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, 2018. Portaria nº 751, de 27 de agosto de 2018. Diário Oficial da União, 29/08/2018, Edição 167, Seção 1, p. 54. URL https://www.icmbio.gov.br/portal/images/stories/docs-pan/pan-lagoas-do-sul/1-ciclo/pan-lagoas-do-sul-portaria-aprovacao.pdf (acesso em 22 de julho de 2020).
Ação Situação
5.1.2 National level needed
A espécie ocorre em territórios que poderão ser contemplados por Planos de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF Pró-Espécies - Todos Contra a Extinção: Território Espinhaço Mineiro - 10 (MG), Território Campinas - 18 (SP, MG), Território Paraná/São Paulo - 19 (PR), Território Chapecó - 22 (RS), Território Planalto Sul - 24 (RS), Território Santa Maria - 25 (RS), Território Canoas - 26 (RS), Território Espírito Santo - 33 (ES).
Ação Situação
1.1 Site/area protection on going
A espécie foi registrada nas seguintes Unidades de Conservação: Área de Proteção Ambiental Carste da Lagoa Santa (US), Área de Proteção Ambiental de Guaraqueçaba (US), Área de Proteção Ambiental de Petrópolis (US), Área de Proteção Ambiental Estadual da Escarpa Devoniana (US), Área de Proteção Ambiental Serra São José (US), Estação Ecológica DO Caiuá (PI), Monumento Natural Municipal da Lagoa do Peri (PI), Parque Nacional da Serra dos Orgãos (PI), Refúgio Estadual de Vida Silvestre Libélulas da Serra de São José (PI), Reserva Biológica das Perobas (PI).

Ações de conservação (2):

Uso Proveniência Recurso
9. Construction/structural materials natural stalk
A madeira é utilizada para construção de taboas em geral (Lorenzi, 2009).
Referências:
  1. Lorenzi, H., 2009. Árvores brasileiras: Manual de Identificação e Cultivo de Plantas Arbóreas Nativas do Brasil, 1 ed. vol 3. Instituto Plantarum, Nova Odessa - SP.
Uso Proveniência Recurso
1. Food - human cultivated fruit
Seus frutos são comestíveis, comumente utilizados em pomares domésticos (Lorenzi, 2009).
Referências:
  1. A madeira de P. peruviana é utilizada para taboas em geral. Seus frutos são comestíveis, comumente utilizados em pomares domésticos (Lorenzi, 2009).